sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Eterna Noite





cheiro de grama,
verde acolher sobre terna penumbra,
do outro lado,
nos abençoam os holofotes,
no rio, à beira...
tão pura, ela cheira
a maresia, eis que o legado,
de sussurros, num apaziguar,
num adormecer, transmutar de realidades.

curvas tuas, sentindo, o meu tocar,
plainar, em suspiros de ventos de noite,
não há fim, não há dia, eternidade,
um segundo que parou,
um minuto que nos amou,
um existir apenas nele, sem findar...

enrubescido infante rosto, lunar,
em calmas águas, se mostrando,
sem de fato à lua estar, o que há?
o que há em meu dizer, no meu temor,
de que irreal seja minha elegia,
minha alegria,
ainda aprendiz do que me ponho a sentir.

e diziam, outrora, ser sábio, à perfeição,
não, é simplesmente viver-se em mistério,
é viver temendo a si, como apostador,
e rir da queda, de um falso degrau no nada,
e ainda ali estar, lhe contemplando,
esperando, apenas o melhor, em tua ternura.



























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