sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A lágrima duma árvore



havia uma praça em frente ao mar,
e nesta avistávamos três bancos,
cada qual, com uma árvore para os guardar,
escolhemos a tal desprovida de primaverís flancos.

ao céu, a treva noturna punha-se a estar,
radiante vívida estrelada...
rubras núvens a sua figura alaranjar,
caía uma gota, resquício à chuva no ombro de minha amada.

eis água, uma lágrima
da senhora desflorescida,
que tão como as outras ser, estima.

porém fizera de sua morbidez ressequida,
persuasora beleza, moldura do luar visto acima,
por nós... à noite, até nossa partida.


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