quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Um grito do abismo



à treva estrida o grito,
agudo e mortal,
atroz terroroso,
o rasgar do silêncio,
e por qual, me influencio...

torturoso ecoar da infindável profundeza,

à inconsolável beira do abismo do inferno...
que me ao cerrar dos olhos, ostenta a grandeza,
de em nada com a perspectiva diferir,
eis-me ao tormentoso arrepio - o medo de cair...

revela-se a face, dum espectro do submundo,
veloz, repentino,
me arrastando ao fundo,
do abismo mental,

um viveiro do mal...

terrivel semblante disforme, de eterno desespero,
exangue demônio ao voráz exaspero...
esfolo as mãos por desse chão não me soltar,
o abrupto desvencílio, à reação horrorizada...

o contemplar desse exílio, nesta noite, maculada...




Quem sabe esta vez, pude eu, exprimir um pouco do sentimento de se estar à porta de um delírio assombroso, flertando à mais vasta imensidão do abismo mental, e dos imaginários infernos existentes em cada um de nós, e que a maior parte das pessoas nem imaginem que existam... pois bem, existem... cada um figurado à sua maneira... este poema é um pouco de lá, ou aqui, quem sabe...
Espero que tenham gostado

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