domingo, 11 de dezembro de 2011

Sectário do fogo




concedo-vos meu sangue...
ó, superiores forças, que no sol habitam!
incendeiem quão quiserem...
meu frígido empírico espirito lângue!

- feneçam os áusteros desgastes...
ao banhar d' aura sob o fulgor!
refocila-me, sol; pois hei de ter de defrontar
quaisquer temores a vir, pungir, tão quão vencera-me a dor!

venham-me, pois, sectárias flamejantes salamandras,
minha diurna odisseia permear, dêem-me as chamas,
de vigorosas vívidas lívidas livres tramas
por minha pele sorvidas, sentidas, em mãos de fogo se transformam...

o corpo em labaredas se entrega, sem queimar,
indestrutível confragra-se o selo a vigorar,
eterno, instâncias mil conquistando,
lumiando, e toda involucral humana treva destruindo...

legionárias, marchando em solares flâmulas,
lutai vós, por um de seus companheiros, mais fiel,
dêem-me o mais terrível quente fulgente poder,
a destronar os males nossos, e um novo caminho nos conceder!


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