domingo, 8 de maio de 2011
I.R.A.
perder-lhe temia,
tão como agora ainda o sinto,
minha alma cada instante vou flagelando,
engolindo seco meus pensamentos, tais mui minto
sob sua real veracidade, cujas faces vou dissimulando...
e engendra-se espiritualmente uma aridez
fomentando o ódio que meu controle domina,
beirando ácida, a insensatez
que minha admiração por ti, gradual fulmina.
entorpecidos de suas existências foram meus sentimentos
lançando inconsequêntes meus planos aos ventos,
desarmando-me num encanto pernicioso
ao qual a dor, destemi esperançoso...
por nunca ver o que ví,
por nunca sentir o que senti,
por nunca mais chorar o já vivido,
por nunca...
inconvenientes recordações atormentam-me,
e estes métodos são, da senhora Ira,
bradando anestésica contra a tristeza que abrira
meu peito, e o coração desaquieta-me...
angustiantes segundos decorrem como cabras negras,
convertendo-se em milagres profanos,
o amor fervoroso, virou desprezo,
amargo, perdurando-se aos anos...
incovenientes recordações atormentam-me...
- Ira!
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