terça-feira, 13 de setembro de 2011

Todas as ruas

A casa suja.
A arma não armada, mas sempre amada.
A gordura na boca do cotidiano.
Os sexos das novelas. O nome de Deus. O nome do Eu.
São tão bonitos os óculos ray-ban.
A autocracia do espelho rege a marcha de prostitutas.
Não me falem de paz, enquanto não converterem os anjos.
Qual é o nome da janela?
Qual é o nome do mal?
A poesia que toma suco de laranja não é minha.
A minha poesia está: Com o barulho da barriga.
com o biótipo e as novas senzalas
com a raiva
com a sede
com a pólvora
com a confusão
com o esgoto.
Nas religiões dos becos.
Nas gírias das muretas
Na antítese dos heróis.
Nas pipas que sorriem do céu, enganando o amanhã.

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